quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nossa Velha Infância...


Outro dia estava recordando minha infância, como é gostoso fechar os olhos e  ser remetido a esses momentos.
O que eu mais gostava era das brincadeiras de rua, como: pular elástico esconde- esconde, pega ladrão, amarelinha, gato mia, to no poço, barra bandeira e várias outras. E os desenhos animados? Cada um melhor que o outro. Quem não lembra da caverna do dragão, a pantera cor de rosa, os ursinhos carinhosos, thundercats, He-Man, muppet babies, smorfs, gato Félix, pica-pau. uffa! E a Xuxa? Quem nunca sonhou em está no programa dela ou em ser paquita? Se você nunca teve esse desejo,  não teve infância (rsrsr).
E a época junina era sempre uma farra. Preparávamos-nos para as quadrilhas, concurso de rainha do milho, era uma ansiedade pra poder soltar fogos, comer milho assado na fogueira, se pintar de matuta.
E tomar banho de chuva? Nossa como era tão gostoso. Era uma festa!
 
O bom de relembrar tudo isso, é poder vê como tive uma infância sadia.                                Assim como muitos de vocês que estão lendo agora. O que me deixa triste é de não ver tudo isso hoje em dia. As crianças estão cada vez mais “presas” seja por causa da violência, ou por causa da tecnologia. Muito raro, a gente vê um garoto brincar de pião ou bola de gude com amigos. A moda é vídeo-game, computadores e etc.
Uma garota com oito anos não quer mais brincar de boneca e sim  usar maquiagens pesadas, salto alto e roupas adultas.
O engraçado é que elas querem ser adultas e nós queremos voltar a ser crianças.
Se elas soubessem o quanto é maravilhoso tudo isso. Se elas soubessem, que nós, adultos, vivemos em meio a complexos emocionais e que quase nunca aproveitamos a beleza da vida.
Se elas soubessem que a pureza e a sinceridade de uma criança é a coisa mais perfeita do mundo, não desperdiçavam tempo querendo ser gente grande.
Posso está sendo um pouco conservadora, radical, mas, não as vejo felizes como antigamente. Infelizmente, está quase todo mundo cego diante do que a mídia e uma boa parte da sociedade impõem as famílias. Nunca se teve um número tão alto de crianças depressivas, obesas e alienadas.
Então, pais, dividam suas histórias com seus filhos, contem sua infância, mostrem quais eram as brincadeiras que mais gostavam. Não os deixem ficar a mercê de uma sociedade hipócrita e egoísta. Pois quando eles crescerem vão  se lembrar do cheiro  da doce infância na vida deles.

Minha infância tem cheiro de chuva
Tem cheiro de rio
Tem cheiro de mar
Tem cheiro de mato
Minha infância tem cheiro de algodão doce
Tem cheiro de bolo de aniversário
Tem cheiro de pipoca.
Minha infância tem cheiro de circo
Tem cheiro de carrossel e de roda gigante
Minha infância tem cheiro de primo, amigos, vizinhos.
Minha infância tem cheiro de madrinha e padrinho
Minha infância tem cheiro de mãe
Minha infância tem cheiro de amor.
Tem cheiro de “eu”.

Elaine Crysyl

3 comentários:

  1. Minha queridíssima, você não foi radical em suas palavras, você foi realista. Você trouxe o passado que esbarrou num presente que deixa muito a desejar, se comparado com a satisfação de ter vivido uma linda e saudável infância.
    Parabéns pelo blog.
    Beeeijão

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  2. Ótima lembrança!
    Me fez voltar lá... "Sou do tempo que pedia dinheiro ao meu pai pra comprar "coisa!". Do tempo do papel de pão... Pular elástico, Tobogol, Trocar papel de carta com as amigas, assistir muitos desenhos que se for listar... Em fim, uma viagem! parabens Morena! Adorei!

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  3. Eu tive duas infâncias.
    A infância da "pobre menina que tinha brinquedo", e a infência da "menina que, por não ter brinquedos, os inventava". A primeira numa grande cidade, a outra num interior da zona da mata de Pernambuco. E apesar de toda responsabilidade e carÊncia material eu fui IMENSAMENTE feliz!!! Aprendi amar com profundidade e valorizar pequenos atos, admirar os grandes anônimos do caminho, renunciar, criar...eu fui feliz...e SABIA!

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